sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Gênero, violência e políticas públicas foram temas de debate no segundo dia de evento


O encerramento da segunda noite de evento se deu com duas mesas de debate, uma delas teve como tema abordado 'Gênero, violência e políticas públicas', marcando um dos debates mais aguardados pelo público.

A discussão aconteceu na tenda em frente ao anfiteatro da UNIFAP e teve presença da assistente social Alzira Nogueira e da socióloga Marineide Almeida, além de mediação do professor Marcus Cardoso.


Alzira Nogueira percorreu sua fala sobre o lugar da mulher negra hoje e a perspectiva da raça e da classe, citou o mapa da violência e se situou na fala como mulher negra, e ressaltou o crescimento do número de mulheres negras vitimas de violência, e a diminuição de casos com mulheres brancas. “Precisamos ter um olhar para o recorte racial, é preciso pensar em mulher no plural e não no singular. Enquanto mulheres brancas se inserem como mulheres frágeis na sociedade, as mulheres negras se inserem como coisas e não como pessoas, ser negra era como ser um animal, um objeto. O Brasil não é mais um estado de escravidão, porém as práticas sociais não desapareceram com o fim da escravidão, mas vai se editando nas relações sociais, políticas. Avançamos muitas coisas, mas em relação à mulheres negras é como se estivéssemos em 1950, estamos meio século atrasadas na perspectiva.”, concluiu.


Após os discursos de abertura, o debate se estendeu através de rodadas com perguntas e respostas.




Veja algumas fotos:

















Criles Monteiro
Acadêmica do Curso de Jornalismo UNIFAP

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