Sobre o evento

O II Colóquio Políticas do Corpo vai acontecer nos dias 9, 10 e 11 de dezembro. Este ano o evento está articulado ao III Simpósio sobre Gênero e Diversidade e o I Seminário Científico da Especialização em Gênero e Diversidade na escola. A partir desta rede, encontros aconteceram pela cidade e pela universidade e o Políticas do Corpo se envolveu com a ALBA e o GHATA.

A comunicação e a arte são as áreas que movem a nossa realização. No encontro destes campos, a imagem, a visibilidade, o corpo e a política disparam nossas resistências, movimentos, questionamentos e provocação.

O Políticas do Corpo existirá como ocupações e ações.

No prédio aranha, haverá uma vídeo-instalação, que projeta "montagem" e "desmontagem" da maquiagem de quatro drag queens, em tecidos longos e temporalidades alteradas. Alguns dos fundamentos conceituais que nos conduziram essa criação foi o de biopolítica (Foucault e Agamben), de superficialidade e imagem (Flusser) e as possibilidades de "desnormatização" dos corpos a partir dessa específica experiência transgênero (Buttler e Preciado).

Uma ocupação infantil vai acontecer paralela à programação científica dos eventos. Crianças terão um espaço para ler, ver filme, pintar e brincar. A galeria do DEPLA vai ser ocupada por cartazes, fotos e o que mais houver. E vai ter performance.

Essa união foi lançada em As Mina no Muro



Movimentos por identidades, reconhecimentos e enfrentamentos às violências e violações de gênero e sexualidade nos interessam. Nem negar nem anular a mulher, a trans, a lésbica, a viada, a travesti. Discutir a política pública e o mapa da violência para o gênero. Conhecer os movimentos e suas articulações entre as pessoas e afetos, na cidade e no quilombo. Há uma busca por saber das experiências e refletir através da prática ou fazer da prática uma reflexão. Colocar-se e viver em comum. Estar nas disputas sobre o gênero e o corpo. 

Há diversos campos envolvidos como a psicologia, a medicina, a arte, a filosofia, a política, a comunicação, a história. Potências do nosso corpo.

Importa-nos a entrada da universidade no debate público e institucional sobre o gênero e o corpo. Na perspectiva da educação, intrigam as interdições; na pesquisa, estamos produzindo coletiva e experimentalmente; na instituição, dando evidência aos sujeitos e suas políticas.

Em outubro, o Políticas do Corpo circulou a campanha do governo da Paraíba, aqui em Macapá #TireOrespeitoDoArmário e inventou uma segunda campanha #TireOpeitoDoArmário e participou do #OutubroRosaUnifap.

Em novembro tem roda de conversa chuca e siririca: corpo, interdição e descoberta. Falaremos sobre nossos sentidos, nossa cultura, nossos desejos, nossos controles, nossos desvios, nossas repulsas, nossos medos, nossas vigilâncias. A interdição sobre as palavras ou sobre a sexualidade elimina as conversas e os saberes acerca de nós mesmos. Há anulações, negações. O diálogo proposto vai atravessar os debates de corpo, interdições e descobertas: medo e vigilância como processo cultural que nos impõe busca e descoberta de outras subjetividades potentes em corpos descolonizados. A desconstrução é parte do processo.

Em dezembro tem uma programação intensa. Travessias estéticas entre gêneros e sexualidades vai ser a roda de conversa puxada por Fabio falando sobre práticas culturais e artísticas que se situam nas vivências e experimentações em torno de gêneros e sexualidades.

Dia 9, Eden falará sobre Políticas Carnais. Ele partirá de alguns princípios apresentados pela antropologia médica crítica e buscará refletir sobre as relações que se interpõe entre o corpo e a cultura e, principalmente, como a carnalidade do corpo pode assim afirmar ou resistir aos modelos e valores hegemônicos de nossa sociedade. A dança, enquanto arte eminentemente corporal, oferece-se portanto como um potente lugar para essa reflexão. Sua investigação dialogará com Adriele, que falará sobre o teatro, o corpo e a sublimação a partir da psicanálise. A arte não só como expressão, mas com finalidade terapêutica. A política nos corpos cartografados pelas relações de opressão e superação.

Vai entardecer o dia e será produzida a Marcha das Vadias na #OcupaçãoFeministaUnifap

Ao final, nos escutaremos em uma conversa com gente convidada e estaremos oficialmente em funcionamento. Terão ainda mais dois dias com vários formatos para estudo, pesquisa, cultura e arte. Serão Grupos de Trabalho, Roda de Conversa, Minicursos, Oficinas. Terá exposição, vídeo-instalação, fotografia, cartazes e performance. Pra encerrar, discotecagem do Sid e DragParty !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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